domingo, 5 de fevereiro de 2017

One Day at a Time - Netflix

Agora em janeiro, entre uma angústia e outra, me permiti começar um seriado novo assim que acabei de ver a última temporada disponível de Orphan Black  ("me permiti" porque, veja bem, minha vida é feita de escolhas: ou eu vejo séries ou eu durmo cedo. Ou eu cuido da minha filha ou eu durmo no meio do dia, caso tenha optado por ver séries até de manhã).
Nem rodei muito o catálogo da Netflix, vi em destaque nas recomendações pra mim a série One Day at a Time. Li a sinopse, vi o trailer e me interessei.



Comecei a ver e amei!
A série é uma refilmagem de uma outra série de mesmo nome, dos ano 70. Não cheguei a ver a antiga, mas vendo os temas abordados nessa da Netflix, imagino que tenham dado uma modernizada nos temas abordados e no roteiro de forma geral.
É uma sitcom que mostra a rotina de uma mulher, Penelope, filha de uma família cubana, que cuida dos filhos com a ajuda da mãe, Lydia. Os filhos, Elena e Alex, adolescentes criados nos EUA encontram-se sempre no meio das tradições cubanas que a avó não quer que eles percam e faz de tudo para que seja valorizada, enquanto a mãe, separada, busca o sustento da família trabalhando como enfermeira após sair do exército, onde serviu no Afeganistão. A filha, Elena (só eu achei que ela é uma versão mini da atriz Anne Hathaway?), está prestes a completar 15 anos e, como manda a tradição, a mãe e a avó querem que ela tenha sua quinces, a festa de debutante tradicional, mas a garota se recusa por tratar-se de uma tradição com raízes machistas e ela, feminista, não aceita participar de uma coisa assim.
A primeira (e por enquanto única) temporada da série gira basicamente em torno disso, com a família entrando no assunto já no primeiro episódio e voltando a ele nos episódios seguintes, que trazem outros temas como: feminismo (muito), padrões de beleza impostos pela sociedade, estereótipos latinos nos EUA, o drama dos imigrantes ilegais deportados e refugiados, homofobia, diferença salarial entre homens e mulheres, as dificuldades de uma mãe solo, alcoolismo, militares que são esquecidos depois de servir o país, tradições latinas (cubanas especificamente) e o preconceito dentro do contexto americano, com uma pitada de crítica ao governo cubano de Fidel Castro.


Em meio a tudo isso, tem a presença de personagens como o dono do prédio onde eles moram e amigo da família, Schneider, que cumpre as vezes de senhorio, amigo, "pai", motorista e até marido de mentirinha (sem spoiler, mas tem um episódio que ele tenta se fingir de marido e... não funciona). Tem também o Dr. Leslie, chefe da Penelope, que vive em crise com a própria família e meio que se enfia na família dos Alvarez para não se sentir tão sozinho.
Como são episódios curtos, fica meio difícil detalhar mais sem soltar uns spoilers, mas garanto que tudo isso que falei surge em maior ou menor quantidade nos 13 episódios de 30 minutos da série.
Eu vi tudo em poucos dias, até porque os episódios são rápidos e dá pra emendar uns 3 seguidos, pelo menos. E enquanto eu assistia, eu ri demais, eu chorei, eu refleti e terminei o último episódio desejando uma segunda temporada.
É uma série leve e tão gostosa de ver, que já é título recomendadíssimo entre as minhas séries preferidas.


***
Trilha Sonora: tagarelices de família, sons aleatórios e tal.

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