sábado, 27 de abril de 2013

Eco de Antigas Palavras

Encontraram uma carta de amor de 300 anos escondida nos muros de uma casa, lá na Espanha. Estão agora tentando descobrir a identidade dos apaixonados, especulam se a mulher teria morado no convento que funcionou ali anos atrás.
Muitos detalhes e mistérios que ninguém nunca saberá com certeza.
E tudo isso só me lembrou de uma coisa. Uma música, aliás:
"Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização"


Aqui a notícia (em vídeo), no Yahoo. http://migre.me/eiHRa

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Trilha Sonora: Nem preciso dizer, né? E a voz linda do Chico vai ficar cantando na minha cabeça por umas boas horas agora. Sorte que isso é bom. =)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Passados Não Apagados

Sou uma pessoa com um tipo de memória espetacular para coisas bobas, que ninguém mais se lembra. Sou capaz de guardar cenas inteiras que vivi com detalhes como cheiros, cores, sons e imagens de forma nítida e quase palpável de tão intensas quando me lembro delas anos depois. 
Agora, por causa da Alice, acho importante que eu deixe tudo isso registrado de alguma forma que ela possa, um dia, ler e saber dessas histórias, caso eu não tenha tempo de contar tudo pessoalmente.
Pensei nisso agora há pouco, vendo uma imagem compartilhada no Facebook pela Aline Love, comparando como as crianças andavam nos carros antigamente e como andam hoje (antes apertadinhas nos porta-malas e agora amarradas em cadeirinhas cheias de cintos de segurança). Me lembrei então do seguinte:

Minha tia Quel tinha uma Marajó, que chamávamos de Maravéia (não sei ao certo se na época, fim dos anos 80 começo dos anos 90, já era um carro velho, mas o apelido do carro era esse). Minha prima Amanda, minha irmã e eu, as três com idade entre três e seis anos, só andávamos lá atrás, onde era (ou deveria ser) o porta-malas. Chamávamos de chiqueirinho porque era mesmo um chiqueiro: tinha mochila de escola da Amanda, tinha material escolar, tinha cadernos para desenharmos, tinha canetas e lápis, tinha bolacha, tinha livros, tinha bonecas, tinha roupa de calor, tinha roupa de frio, tinha jornal, tinha coberta, tinha travesseiro, tinha sapato, tinha meia... Tudo que era nosso, que fosse essencial para as "longas viagens" de não mais que 30 minutos entre uma casa e outra visitando parentes. 
Na época e, de acordo com as minhas lembranças, parecia um espaço tão grande, como uma enorme sala de estar. Não! Melhor: como um enorme quintal, onde era permitido fazer bagunça, espalhar tranqueiras, dormir, comer e tudo isso com a vantagem de que ali nunca chovia, então nunca era hora de recolher nada correndo e entrar pra casa. Hoje, racionalizando de acordo com os carros que já andei e o tamanho dos porta-malas que sei que existem, vejo que o chiqueirinho não era nada de excepcional com relação ao tamanho. Nós três é que éramos mesmo muito pequenas e precisávamos de pouco para nos distrair e divertir.
Boas lembranças de infância...

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Trilha Sonora: Tava vendo novela e terminou com um "O nosso lema é ousadia e alegria". É.