sábado, 14 de janeiro de 2012

As lanternas chinesas

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo, 
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como 
uma pobre lanterna que incendiou!

Mario Quintana

***
Quintana sempre me deixa num misto de felicidade com melancolia e esse poema em especial me faz pensar numas coisas que eu nem queria pensar, mas enfim...
Eu nunca sei o que dizer mesmo, então deixa a tal lanterna incendiar e o dia passar.

***
Trilha Sonora: Strokes pra tentar me animar nessa manhã de chuva de um dia que promete ser longo e tedioso.

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