quinta-feira, 30 de junho de 2011

Síndrome de Conrado

Porque tem dias que a gente levanta da cama só para se foder mesmo.
Fim.

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A imagem eu achei aqui.

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Trilha Sonora: Agora não. Tô vendo novela.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sobre uma paixão quase amor

ou Sobre como uma adolescente magoada pode se transformar em uma adulta completamente louca que destrói seus relacionamentos e usa títulos de três linhas em posts do seu blog

Tem coisas que acontecem com a gente que, quando ainda estão sendo vividas, vemos de um jeito tão diferente de como veremos tempos depois, quando olharmos pra trás, naquele ponto exato de quando se deu o tal fato.
Hoje tive uma conversa rápida com uma prima minha, uns 10 anos mais nova que eu.
Ela me contava sobre o namorado dela, que havia terminado tudo alegando estar cansado dos dramas e chiliques dela (deve ser de família esse talento para o escândalo conjugal sem motivo), que mesmo pedindo uma segunda chance, ele não quis voltar atrás e que agora, para se vingar, ela ia começar a sair muito, fazer tudo o que não fez por causa dele. Enfim, revolta de adolescente que levou pé na bunda.
E ela me contando e eu pensando "isso não vai adiantar, ou eles voltam amanhã ou daqui uma semana ela está apaixonada por outro, passando pela mesma situação". Aí ela me disse: "Poxa, eu fiz tudo certinho, fui uma boa namorada, sei que fui uma boa namorada e eu gosto dele pra caramba, sabe? Eu tô quase... quase amando ele já. Eu gosto muito dele. Estou apaixonada mesmo".
Nesse momento eu só sorri. Pensei no quanto ela estava sendo racional, sabendo separar a paixão, mesmo muito forte, do amor que ela provavelmente ainda não tenha sentido por ninguém.
Lembrei do primeiro namorado que tive, que começou como uma paixãozinha, foi crescendo, virou amor, veio o pé na bunda e 2 anos depois eu ainda sofria por ele. Lembrei das coisas idiotas que fiz naquela época pra me vingar dele.
[insira aqui o final alternativo*]
Hoje, olhando lá atrás, vejo que eu era bem besta também, como a minha prima que está morrendo de raiva do namorado agora, mas não tem consciência ainda de que amanhã vai encontrar alguém melhor que a fará olhar pro dia de hoje com o desprezo que algumas das primeiras paixões podem nos causar anos mais tarde. Ou com o riso dolorido da saudade que você sente do quão intensas eram essas paixões quase amores até que chegou alguém e cruzou esse limite para o lado do amor, depois esmigalhou seu coração e foi embora, arruinando de forma indireta todos os seus futuros relacionamentos.
É. Fim de post meio amargo.

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Tá, pra não ficar tão amargo, um final alternativo pro post:
[*]Só queria que, aos 15 anos eu já tivesse conquistado essa consciência que minha prima tem hoje e eu demorei tanto para conhecer. Se é que conheci.

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Trilha Sonora: TV ligada, como sempre.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Aquele tipo de pessoa que me ama tanto que não seria capaz de ser feliz sem mim. Aquela pessoa que lambe o chão que eu piso, que deita para que eu passe por cima dela sem pisar na sujeira. Aquela pessoa que morreria se precisasse viver sem mim. A pessoa que perdoaria todas as minhas falhas e nunca criticaria meus defeitos. Sabe a pessoa que quer respirar o mesmo ar que eu respiro, de preferência antes de mim para filtrar ele pra mim? Uma pessoa que me idolatrasse quase como um fiel ao seu santo. Alguém que fosse capaz de matar e morrer por mim. Uma pessoa que largasse tudo, sem pensar, sem questionar e viesse atrás de mim aonde eu estivesse. Alguém tão cego de ciúmes que não me deixasse sair de casa sozinha. Alguém tão apaixonado por mim que sugaria cada segundo da minha vida para não perder nada e poder viver tudo junto comigo, na mesma intensidade que eu vivo. Uma pessoa que construa uma casinha de vidro pra me colocar sentada lá dentro, protegida do resto do mundo. Aquela pessoa que quer tanto fazer parte da minha vida, que deseja até entrar nos meus sonhos para saber o que eu vivo enquanto durmo.
Não. Eu nunca quis.
A única coisa que eu queria era alguém que ficasse comigo porque me ama e só. Sem exageros, sem excessos, sem complicações, sem loucuras. O tipo de amor que me permite amar de volta porque é o que eu também sinto, na medida que eu sinto, sem trocas ou troco porque um dos dois amou mais que o outro. Alguém que me ame porque-me-ama-porque-sim.
Alguém que fique e esteja comigo por amor. Só amor.

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Estou numa fase de odiar títulos.

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Trilha Sonora: A TV, companhia de todos os dias.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Ordem da Coisas

Depois que passa aquele primeiro momento, do impacto da decepção, vem a tristeza. Depois da tristeza, quando ela começa a doer menos, vem a raiva de ter se deixado decepcionar, porque só se decepciona quem acredita em uma coisa que acaba não acontecendo ou não sendo. E só acredita quem quer.
Aí, então, quando passa a raiva, a tristeza meio que volta, mas já não é mais a mesma tristeza. É uma coisa mais leve, que dói, mas não machuca lá no fundo. Porque lá no fundo já existe outra coisa que ocupa todo o espaço: a saudade. Aquela saudade vazia, uma saudade não-sei-do-quê.
E é só isso que resta.

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Trilha Sonora: Hands Clean - Alanis.

Casamento: só em sonho.

Já contei aqui no blog sobre aquele sonho que me persegue, onde eu vou me casar e nunca vejo e nem sei quem é o noivo e algo sempre me atrapalha/me deixa nervosa.
Essa noite (na verdade esse é um post programado, e esse sonho aconteceu na noite de sábado para domingo dessa semana) sonhei, de novo, que eu ia me casar.
Eu estava vestida de noiva, um vestido lindo, divino, maravilhoso. E o casamento seria ao ar livre, como eu sempre quis.
Só que, como sempre, tinha um problema: meu cabelo. Não estava escovado e nem penteado. Estava só lavado e muito molhado ainda. A solução que alguém encontrou foi que eu entrasse no local da cerimônia, que não era uma igreja, usando uma toalha na cabeça. Uma toalha verde piscina (também conhecido como azul piscina. É daquelas cores que eu nunca soube dizer direito qual é). Super descombinando com o meu vestido branco luxo e a decoração branca fina do local. Mas eu entrei.
Quando cheguei ao altar, alguém me avisou que o noivo não estava lá porque era um casamento judaico, já que o noivo era judeu e ele não viria até que a cerimônia terminasse. Ele ficaria num cômodo ao lado, aguardando para entrar no final só. Segundo a tradição deles (que eu acho que é a tradição que o meu cérebro inventou), eu devia assumir o compromisso do matrimônio com toooooda a parentaiada dele que estava presente no altar, junto comigo. Depois que estivesse tudo certinho, ele viria.
Mas... Eu sabia quem era o noivo dessa vez. Pela primeira vez, em todos esses anos sonhando com o meu casamento, eu vi o noivo. Do altar, eu conseguia enxergar uma salinha onde ele estava "guardado".
E ele estava lindo, de terno todo preto, gravata, vermelha ou vinho (não sei, gente, tava longe) e cabelo penteadinho no estilo vaca lambeu. Bem, o noivo era justamente o Sr. Namorado (que agora, na verdade, não é mais o namorado, mas meu cérebro deve estar trabalhando com algumas semanas de atraso no seu calendário onírico).
Só que a cerimônia foi meio tumultuada e, no final das contas, ele não veio pro altar e eu acabei, mais uma vez, meio que ficando sem o noivo.
Preciso dizer que não gostei desse sonho, como sempre?
Também não preciso dizer que quero algum leitor entendido de sonhos para vir analisar tudo isso aqui e me dizer se isso é um bom ou mau sinal, né? Nos comentários ou no meu e-mail, s'il vous plaît.

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Trilha Sonora: No Recreio - Cássia Eller. "Eu só queria me casar com alguém igual a você E alguém igual não há de ter". Coincidências da madrugada.

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Trilha Sonora n°2: Por Onde Andei - Nando Reis. Enquanto eu terminava de formatar o post, começou essa, linda, linda, linda. "Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?"

terça-feira, 21 de junho de 2011

Trilha Sonora

Ver você roubar meus sonhos
É melhor que esquecê-los
Eu não posso voltar
Eu não preciso voltar atrás
Se alguém me dissesse antes
Tudo o que já ouvi nessa tarde
Eu nem iria te olhar
Eu nem iria te encarar
Porque eu nunca me canso de fazer planos
Nunca me canso dos meus cadernos, nunca
Se alguém me dissesse antes
Tudo o que já ouvi nessa tarde
Eu nem iria te olhar
Eu nem iria te encarar
Porque eu nunca me canso de fazer planos
Nunca me canso dos meus cadernos, nunca
Eu nunca me canso de fazer planos
nunca me canso dos cadernos, nunca
Por onde for vou me lembrar
De escrever, de recordar
As noites de abrigo, e os móveis antigos 
Porque eu nunca me canso
Eu nunca me canso, nunca

Ouça aqui, vale a pena.


domingo, 19 de junho de 2011

Talvez um recomeço

Nunca pensei que eu fosse capaz de dar passos tão grandes na minha vida. Sempre me considerei medrosa e insegura e eu talvez seja mesmo medrosa e insegura. Mas isso nunca me impediu de correr riscos, de me jogar na frente dos carros para atravessar a rua e de enfrentar uma mudança sozinha, deixando tudo pra trás sem saber o que encontraria pela frente.
Fiz isso mais de uma vez, com coisas menores e coisas realmente importantes. Larguei uma faculdade que estava quase no final, deixei família e amigos para trás por causa de um emprego que eu nem sabia onde ficava direito, viajei horas para encontrar uma pessoa que eu só conhecia por msn e amava como se eu conhecesse desde sempre, desisti dessa pessoa quando achei que nossos planos não estavam mais caminhando em harmonia... Não me arrependo de nada disso. Tudo acabou dando certo pelo tempo que devia dar.
Agora estou a um passo de largar tudo de novo. Talvez mudar de casa, mudar de cidade, mudar de ambiente de trabalho e retomar a faculdade de onde eu parei. E é talvez porque não depende da minha vontade. Depende de coisas que estão além de mim.
Não sei se cabe alguma coisa na minha mala. Não sei nem se é necessário que eu tenha uma mala para levar coisas. Talvez o que seja realmente importante, eu nem precise carregar comigo, porque vai me acompanhar independente do caminho que eu siga. E o mais importante: vai me acompanhar ao meu lado, não atrás de mim.

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Trilha Sonora: Malibu - Hole. "(...) I walk into the waves And the sun goes down I watch you slip away And I walk (...)"
Atendendo a pedidos (um pedido só, na verdade, da Aline Love), mais uma do meu trabalho e outra prova de que mereço um quadrinho de funcionária do mês.
Esses dias, me pediram para avisar o Sr. Meu Chefe que o lanche estava pronto e era pra ele ir lá comer bolinho de chuva. Fui lá levar o recado como boa moleque de recado que sou. Detalhe importante: ele estava mexendo com tinta, pintando a quadra da escola. Puta tinta fedida, que estava me dando dores de cabeça há horas.
- Mandaram avisar que tá pronto o lanche. É pra você ir lá comer. E mandaram avisar que tem bolinho de chuva.
- Hmmm! Bolinho de chuva! Vou lá comer agor...
- É, vai comer, mas faz o favor de ir lavar essa mão antes que esse cheiro de tinta tá foda, viu!
- ... [insira aqui uma cara de "oi? conhece respeito e hierarquia?"]
- Tá fedendo muito! Lava direito isso aí antes que eu vá embora de tanta dor de cabeça.
- Ahn... Tá. Vou lavar.
Aprenderam como se trata um chefe?
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Trilha Sonora: Poema - Ney Matogrosso. Coisa mais linda essa música.

domingo, 12 de junho de 2011

A gêmea má

Olha, sinceramente? Essa pessoa que habita meu corpo hoje nem sempre esteve aqui.
Em algum momento que eu não sei dizer exatamente quando foi, essa pessoa chegou, se apossou do meu ser (quase poético isso) e como foi fácil se acomodar, acabou ficando.
Ontem tive uma conversa rápida com uma pessoa e, brincando com ele, disse que eu era muito macho. Ele assustou e disse que não achava bom que eu fosse macho, porque não queria concorrência com a mulherada. Essa era uma das duas que vivem aqui. Minutos depois alguma coisa que eu disse fez ele me chamar de viadinha, mandando eu parar com aquela frescura. Aí era a outra que vive aqui dentro.
Percebem a confusão? Tem duas pessoas diferentes aqui. Uma quer, a outra não quer. Uma sabe de tudo, a outra não sabe de nada. Uma bebe feito macho a noite toda e não faz xixi a cada cinco minutos, mas quem acorda de ressaca (mal aê, pelos transtornos, amigo!) é a viadinha.
Inclusive, foi a machona que resolveu que queria era ficar sozinha, mas quem ainda acredita em uma possível, talvez, quem sabe mínima amizade é a viadinha.
Essa personalidade dupla cansa, sabe? Fico tempo demais tentando saber quem chegou primeiro, mas nunca descubro, então, pra não ser injusta, acabo deixando que as duas fiquem aqui, sem expulsar ninguém. Vai que expulso a verdadeira eu e deixo a impostora aqui, sem a outra parte para equilibrar as coisas. Isso, sim, seria um problema.

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Post que quase foi pro lixo porque.. sei lá... Deu vontade de escrever e quando tava terminando, deu vontade de apagar. Mas uma das duas aqui dentro disse que eu devia publicar, sim. Ela também diz que esse blog vai voltar aos seus dias de posts novos quase que diariamente, porque é nessas épocas complicadas que ela gosta de escrever.

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Trilha Sonora: I Want You - The Kooks.