terça-feira, 22 de junho de 2010

500 dias com ela

Sabe quando, depois de um tempo de relacionamento, tudo termina de uma hora pra outra e você fica tentando entender o que deu errado? Aí vem aquela chuva de lembranças dos momentos bons, dos momentos mais ou menos, dos maus momentos... E você começa a fazer aquelas promessas de "não quero mais saber daquele infeliz!" ou "quero que ele morra!"? Acho que isso já aconteceu com todo mundo que, pelo menos uma vez na vida, levou um pé na bunda.
Eu já passei por isso pelo menos duas vezes e por isso me identifiquei com as coisas que li sobre o filme 500 Dias Com Ela mesmo antes de assistir. Me identifiquei mais ainda quando assisti.
A história é simples. Tão simples que pode ser resumida sem estragar a graça do filme: o cara conhece a menina, se apaixona, começam a namorar e quando ele menos espera, leva um pé na bunda. E o filme é todo feito com pequenos momentos do casal durante os 500 dias de relacionamento deles. É interessante porque inevitavelmente você acaba se identificando com um dos lados: a metade romântica do casal, que faz de tudo para que as coisas fiquem bem ou a metade racional do casal, que aproveita enquanto está tudo bem, mas não se esforça muito para melhorar quando as coisas não estão legais.
Você vê as coisas chatinhas que vão acabando com o relacionamento, as coisas fofas que alegram o namoro, os erros que todos cometem sem perceber... Enfim, você assiste e, em algum momento, acaba se vendo nos personagens e lembrando de uma relação que fracassou, mesmo que você tenha feito o possível para que desse certo.
Adorei! Me lembrou muito um outro filme que eu gosto muito, Amor aos Pedaços. Primeiro porque os dois são contados de trás pra frente, depois do fim do relacionamento (com a diferença que o 500 Dias Com Ela é contado cena a cena, sem ordem cronológica) e mostram como nasce, cresce e morre um relacionamento que, a princípio, tinha tudo para dar certo.
Mas o que mais gosto nesses dois filmes é a "lição final" de que você sofre e acha que o mundo nunca mais vai ser legal com você. Até que, um dia, você conhece alguém novo e...
Gosto muito de filmes assim, "reais", com histórias possíveis que todos já viveram ou vão viver e 500 Dias Com Ela eu recomendo muito por este motivo.
Depois volte e me diga: parece aquele seu ex-relacionamento, né?

***
Trilha Sonora: Father and Son - Cat Stevens cantando na minha cabeça. Essa música é linda.

3 comentários:

Lua Nova disse...

O quê, heim?!... que ótima resenha...vc tem jeito e, de quebra, fez um belo post. Acho ue vou ver o filme, apesar de estar numa fase meio dor de corno, e não me animo muito com filmes romântico. Prefiro um de suspense ou policial. Mas vc até me animou. Gosto muito do seu jeito de escrever, não me lembro se já te disse.
É bom, envolvente, inteligente...
Eu gosto muito.
Beijos.

Tabita Said disse...

Eu já tinha ouvido falar deste filme. Vi o trailer, com a dificuldade inevitável de meu inglês "quase-fluente". Mas gostei da forma como você em instigou a assisti-lo. Esse viés não é novo, mas é bem real. Só discordo de ti numa coisa: nem sempre este tipo de história lembra um ex-relacionamento. Pode, invariavelmente, lembrar um relacionamento atual...

Melodie Ramos disse...

Oi oi :)

Visto ler assiduamente o teu blog, deixei-te no meu, um desafio com um selinho :D

Beijinho