terça-feira, 29 de junho de 2010

Novidades se aproximam

Não sei se são boas, mas as novidades são:
- Logo, logo minha vida voltará a ter internet sempre, o dia todo, só pra mim. Só faltam uns poucos detalhes para acertar e, no máximo em duas semanas, o blog e todo o resto da minha tralha virtual voltará a ser atualizada com frequência.
- Logo, logo, assim que a internet estiver funcionando na minha casa, um novo blog nascerá. Na verdade já nasceu, mas por enquanto está fechado para visitação. Faltam detalhes técnicos. Só adianto que, para quem gosta de livros, talvez o blog seja interessante.
- Para não perder a viagem e desperdiçar (mais) um post:  Sr. Namorado, te amo!
- E, por fim, uma constatação sem a menor importância: uma ex do meu atual namorado é a cara da prima do meu ex-namorado. É ex demais em uma frase só.

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Trilha Sonora: A Danni Carlos tá cantando Coisas Que Eu Sei na minha cabeça depois que eu escrevei "fechado para visitação".

terça-feira, 22 de junho de 2010

500 dias com ela

Sabe quando, depois de um tempo de relacionamento, tudo termina de uma hora pra outra e você fica tentando entender o que deu errado? Aí vem aquela chuva de lembranças dos momentos bons, dos momentos mais ou menos, dos maus momentos... E você começa a fazer aquelas promessas de "não quero mais saber daquele infeliz!" ou "quero que ele morra!"? Acho que isso já aconteceu com todo mundo que, pelo menos uma vez na vida, levou um pé na bunda.
Eu já passei por isso pelo menos duas vezes e por isso me identifiquei com as coisas que li sobre o filme 500 Dias Com Ela mesmo antes de assistir. Me identifiquei mais ainda quando assisti.
A história é simples. Tão simples que pode ser resumida sem estragar a graça do filme: o cara conhece a menina, se apaixona, começam a namorar e quando ele menos espera, leva um pé na bunda. E o filme é todo feito com pequenos momentos do casal durante os 500 dias de relacionamento deles. É interessante porque inevitavelmente você acaba se identificando com um dos lados: a metade romântica do casal, que faz de tudo para que as coisas fiquem bem ou a metade racional do casal, que aproveita enquanto está tudo bem, mas não se esforça muito para melhorar quando as coisas não estão legais.
Você vê as coisas chatinhas que vão acabando com o relacionamento, as coisas fofas que alegram o namoro, os erros que todos cometem sem perceber... Enfim, você assiste e, em algum momento, acaba se vendo nos personagens e lembrando de uma relação que fracassou, mesmo que você tenha feito o possível para que desse certo.
Adorei! Me lembrou muito um outro filme que eu gosto muito, Amor aos Pedaços. Primeiro porque os dois são contados de trás pra frente, depois do fim do relacionamento (com a diferença que o 500 Dias Com Ela é contado cena a cena, sem ordem cronológica) e mostram como nasce, cresce e morre um relacionamento que, a princípio, tinha tudo para dar certo.
Mas o que mais gosto nesses dois filmes é a "lição final" de que você sofre e acha que o mundo nunca mais vai ser legal com você. Até que, um dia, você conhece alguém novo e...
Gosto muito de filmes assim, "reais", com histórias possíveis que todos já viveram ou vão viver e 500 Dias Com Ela eu recomendo muito por este motivo.
Depois volte e me diga: parece aquele seu ex-relacionamento, né?

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Trilha Sonora: Father and Son - Cat Stevens cantando na minha cabeça. Essa música é linda.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sabedoria de avó

Quando minha avó ficava sabendo que algum conhecido havia morrido, ela sempre dizia "Fulano morreu? Antes ele do que eu.", mas quando era alguém um pouco mais querido, uma morte que causava algum tipo de surpresa em quem recebia a notícia, ela dizia "Para morrer, basta estar vivo".
Essa do "antes ele do que eu", de vez em quando eu uso, em tom de brincadeira. Mas a segunda frase eu carrego como uma verdade muito além do sentido óbvio dela.
Vejo minha avó dizendo isso cada vez que uma notícia de morte me pega de surpresa.
Sempre esperamos que, também na morte, as pessoas usem da boa educação e dêem prioridade aos mais velhos. Primeiro os pais, depois os filhos. Primeiro os avós, depois os netos.
Mas nem sempre o que esperamos é o que acontece. Principalmente com essas coisas que ninguém controla.
Perder um pai ou mãe, graças a Deus, não sei como é. E espero demorar muitos, muitos e muitos anos para saber (aliás, Deus, se puder, não me mostre nunca como é isso). Conheço a dor de perder os avós. Já se foi uma bisa, um avô e duas avós. E dói. Muito.
Aí, o que se deu foi que essa semana perdi uma prima. Confesso, não era das mais próximas. Meu convívio com ela resumiu-se mais aos encontros em festas de família e raras visitas à casa dela. Posso contar nos dedos (talvez de uma mão) as vezes em que conversamos por mais de 10 minutos.
E poderíamos ter tido mais contato até, levando em consideração que ela era apenas 5 anos mais nova que eu. E, por isso, chorei. Não pelo contato mais próximo que nunca existiu, mas por sentir que a morte está tão perto que pode, a qualquer momento e sem nenhum tipo de aviso prévio, levar um dos meus irmãos, amigos ou namorado que têm, todos eles, idade de viver muito, não de morrer.
Da minha morte, sinceramente, não tenho medo. Sou egoísta demais para pensar na dor que as pessoas sentirão quando for a minha vez de partir. Penso apenas na dor que eu vou sentir se eu perder alguém que eu amo tanto, como os pais e irmãs e amigos dela estão sentindo agora por a amarem tanto.
Vi pessoas que poderiam ser eu chorando pela melhor amiga, pela irmã, pelo namorado... Me vi chorando pela dor dos outros, que talvez seja a mesma dor que um dia eu seja obrigada a viver.
E, mais uma vez, vi minha avó (que era a bisa dessa minha prima) dizendo que para morrer, basta estar vivo.

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Trilha Sonora: Indique-me uma.



segunda-feira, 14 de junho de 2010

Copa? Não, obrigada

Eu não gosto de futebol. Nunca gostei. E conheço muita gente que diz que não gosta.
Só que uma coisa me intriga: essas pessoas que não gostam de futebol, só não gostam de futebol por 3 anos. Quando chega a Copa, elas adoram futebol, torcem por uma dispensa do trabalho por conta dos jogos da Seleção e ainda comemoram eufóricas a cada gol que o Brasil marca.
Não entendo. Se não gosta de futebol, por que durante a Copa passa a gostar? E não me venha com a conversa ufanista de "é o meu país jogando".
Sinceramente? Nem ligo. O Brasil também compete em dezenas de outros esportes todos os dias de todos os anos e nem por isso eu acompanho os campeonatos de, sei lá, tiro ao alvo da equipe brasileira.
Se eu não gosto, eu não gosto.
Os poucos jogos que assisti até hoje, só assisti porque ou eu ficava em frente à TV com todo mundo ou cavava um buraco pra me isolar, porque até indo pra rua eu seria obrigada a ver o jogo. Mas, nos últimos anos, Copa pra mim foi sinônimo de sono. Na última mesmo, nossa! Todo mundo vendo o jogo e eu roncaaaando.
Não adianta! Futebol é muito chato (pra mim, é muito chato, que fique claro). Não me empolgo, não gosto, não entendo e o mais importante é que não quero entender.
E como eu não gosto do futebol, em si, não é uma Copa do Mundo que vai me fazer gostar por algumas semanas.
Futebol é um saco. E tenho dito!

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Trilha Sonora: Musiquinha japonesa. Acostumei com o tal J-pop ou é legalzinho mesmo?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Top Blogs

Há umas semanas atrás recebi um e-mail dizendo que meu blog havia sido indicado ao Prêmio Top Blogs. Rá! "Mover para Spam".
Eu nunca me cadastro nessas coisas de concurso, porque nem rifa eu ganho.
Mas a insistência foi tanta, toda semana chevaga pelo menos um e-mail me lembrando da tal indicação, que eu acabei cadastrando o blog e coloquei o selo para votação aí ao lado. Então, campanha não vou fazer, porque não tenho paciência e nem gosto dessas coisas, mas o recado tá dado.
Quem quiser votar, acho que tem que clicar no selo e informar um e-mail válido. Ou algo assim.
Se acharem que o blog vale algum voto, já sabem o que fazer então.

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Trilha Sonora: Impressora barulhenta!

Mal educada, eu?

Não gosto de dar patadas. Não gosto de ser grossa com as pessoas. Mas se tem algo que me tira do sério e me faz esquecer dessas coisas que eu não sou e não gosto de ser, é gente que cuida da minha vida.
Veja só: trabalho oito horas por dia, de segunda à sexta-feira. Meu namorado e minha família moram em cidades diferentes da que eu moro (namorado de um lado, família de outro), portanto, só posso vê-los em feriados e finais de semana.
Tenho direito a dar uma falta abonada por mês, de um total de seis por ano, mas em um ano de trabalho, fui estrear minhas abonadas semana passada, porque queria ir para a casa da minha mãe e emendar o feriado da quinta-feira, mesmo sabendo (e todo mundo sabendo) que tenho horas de trabalho sobrando porque vivo saindo depois do meu horário. Resolvi dar a abonada ao invés de simplesmente dizer "não me liguem, vou tirar minhas horas" porque aí ninguém poderia indeferir coisa alguma.
Mas as pessoas gostam mesmo é de palpitar e fuxicar a vida alheia.
Hoje me liga um fulano que precisava que eu fizesse um documento para segunda-feira e antes que eu dissesse qualquer coisa, ele já veio dizendo:
- Na segunda você não vai estar aí, né?
- Vou, sim.
- Ah... É que disseram que você vai viajar hoje à noite...
- Não vou, não.
- Então, aí disseram que você ia viajar hoje, passaria o final de semana fora e só voltaria na segunda-feira à tarde.
- Não vou, não.
Fiquei puta da vida com isso.
Primeiro: eu vou viajar, sim. Mas não vou hoje. Vou amanhã.
Segundo: não é da conta de ninguém quando eu vou ou quando eu volto, muito menos dele (o fulano que me ligou, mas que nem tem culpa de nada, porque ele só recebeu informações que ninguém tinha que ter passado).
Terceiro: em nenhum momento eu disse para as pessoas que foram tagarelar sobre eu ir viajar, que elas deveriam avisar para alguém que eu iria viajar e muito menos disse que eu não estaria aqui na segunda-feira.
Quarto: quero que vá todo mundo pra puta que os pariu e parem de se intrometer na minha vida.
Por conta disso, fiquei mesmo muito irritada e já desliguei o telefone falando "ninguém tem nada a ver com a minha vida! Viajo de final de semana e sempre volto antes do meu horário de trabalho. Quem disse que eu não viria trabalhar segunda-feira?". Silêncio no recinto.
Mas quem tagarela sempre se acusa, mesmo tentando acusar terceiros:  "Você vai viajar hoje? Volta segunda?". Aí, me desculpe, mãe, você me educou, mas quando perco a paciência, essa educação não vale de nada: "Não. Eu vou amanhã e volto domingo. Segunda-feira estou aqui. E eu nunca viajo para voltar em meio de semana porque eu sei que tenho que trabalhar na segunda."
Bom, a discussão poderia ter sido muito mais animada com réplicas e tréplicas, mas o Sr. Namorado fez o favor de me ligar bem na hora que a outra parte se preparava para me dar uma resposta atravessada que eu ia acabar rebatendo até virar uma briga mesmo. Talvez tenha sido melhor parar ali, mas, puta merda! Que raiva de gente intrometida!
Por que não vão todos tomar no meio dos seus... Deixa pra lá.

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Trilha Sonora: musiquinha japonesa que eu já tô quase aprendendo a letra de tanto ouvir aqui do lado.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Finalmente, sobre a Alice

Ao contrário do que eu queria, demorei para ver o filme, mas semana passada consegui assistir.
Li tanta coisa a respeito, que pensei que o filme estava horrível e coisa e tal. Mas talvez as críticas tenham sido mais baseadas nos outros filmes do Tim Burton do que na essência da Alice, em si.
De Tim Burton eu não entendo muita coisa, vi poucos filmes dele. De Alice, modéstia à parte, eu entendo, sim.
O que eu achei do filme? Adorei. Achei fantasioso como os livros originais são, engraçado na medida certa, como os livros originais e me fez pensar como somente os bons filmes e livros fazem.
Assisti ao filme com os olhos críticos de quem procura pelas semelhanças entre filme e livro e já espera pelas falhas de roteiro. Falha mesmo, eu não encontrei. Só senti falta de referências à Dinah, a gatinha da Alice ou aos gatinhos do começo de Através do Espelho. Não houve nenhuma referência mesmo ou eu não percebi? Eu esperava alguma citação, qualquer coisa, já que nos dois livros a Dinah tem uma certa importância, é o que liga Alice ao "mundo real" e é a razão de algumas situações embaraçosas que ela se mete.
Uma coisa que me chamou a atenção logo no começo do filme foi o nome que deram ao pai da Alice: Charles. Era o nome verdadeiro do Lewis Carroll, Charles Lutwidge Dodgson, que não deixa de ser o pai dessa Alice, a Alice literária.
A personalidade que deram à Alice do filme também combinou com a personalidade em formação da Alice dos livros. Uma menina meio medrosa, cheia de questionamentos internos e ao mesmo tempo firme nas suas opiniões, mesmo quando a opinião é a de não saber das coisas (vejam só, quase eu).
Enfim, não vou chatear ninguém com análises do filme X livros, só quero dizer mesmo é que o filme é, sim, muito bom e os livros são melhores ainda.
Não é uma refilmagem dos filmes antigos, não é uma adaptação dos livros e não tem nada a ver com o desenho da Disney. É um filme sobre uma mocinha que pode não saber exatamente quem é, mas sabe exatamente o que não quer da vida.
Se você leu os livros, vai entender muito melhor algumas situações do filme. Se você não leu os livros e não conhece a história da Alice, é uma boa oportunidade de começar a entrar no País das Maravilhas. Ou no Mundo Subterrâneo, como preferiu chamar Tim Burton.
Única coisa que não gostei foi ter assistido ao filme sozinha. E engana-se quem pensa que eu queria ter visto com o Sr. Namorado. Queria mesmo era ter visto com o meu irmão, que desde pequeno já adora e entende a essência da Alice.


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Trilha Sonora: Tudo Diferente - Maria Gadu. Podem comparar à Cássia Eller (concordo que a voz é muito parecida mesmo), mas uma é uma e a outra é a outra. Gosto das duas.